sábado, 5 de setembro de 2009

Gente, vamos cair pra dentro...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Alta velocidade no trânsito mata animal na PB

Por Vivianne Carvalho do Bú

Na manhã desta sexta- feira, por volta das 11:50, um acidente causado pela imprudência de um motorista ainda não identificado, culminou na morte de um gato, paralisando assim as atividades do complexo CCHLA da Universidade Federal da Paraíba.

Testemunhas presentes no local do acidente afirmam que o motorista, condutor de um carro fusca 1963, dirigia em alta velocidade. Além de ter avançado o sinal vermelho, que é, de fato, considerado uma infração gravíssima de acordo com o artigo 208 do CBT, não se deu conta das placas que alertavam a presença de animais domésticos naquela área; neste caso, especificamente, presença de gatos.

Os gatos residentes do CCHLA, já considerados figuras emblemáticas, todos os dias transitam em meio a estudantes, funcionários, professores do curso de Letras. Repudiados por alguns, acariciados por tantos outros, a verdade é que esses animais já se inseriram no cenário social daquele ambiente.

O que mais sensibilizou a todos que integram o CCHLA foi o fato de que especialmente aquele gato morto, que tinha uma idade já avançada para sua espécie, e aparentava uma certa semelhança com o saudoso Charles Chaplin, pela machinha de cor preta que apresentava em cima da boca, nos remetendo a idéia de um bigode, ter sido um dos precursores quanto a ocupação do CCHLA como ‘moradia’ para os mesmos.

O acidente chamou a atenção de autoridades responsáveis pelo trânsito da grande João Pessoa, as quais em nota oficial, prometeram colocar uma fiscalização mais rígida no local do acidente, no que se diz respeito à velocidade dos veículos que por ali transitam, mas precisamente na lateral no prédio do CCHLA, onde está posicionado o semáforo em que ocorreu tal acontecimento.

sábado, 28 de julho de 2007

menina dos olhos

menina teimosa, insiste em cair. sinto te informar que dói quando me contradiz, quando faz de tudo prá me desmentir. não sabes, menina, que o mundo é assim? mentir prá sorrir, é o palhaço quem diz.

menina, tu falas demais de mim. dos meus amores e minhas saudades, das minhas dores e minhas farras, das minhas cores e minhas falhas. eu temo teu fim, por me manchar o rosto. eu temo teu início, por me marcar a alma. eu temo teu caminho, por me tirar a calma.

e assim, em caminhos cortados por minha mão, te deixo sair. conta também meu segredo: é a lágrima, não a pupila, a menina de meus olhos.


ficou pequeno e bobo, mas eu sou exatamente assim.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Tabuadeada

A mesa de jantar, um lugar para a comunhão familiar. Estavam sentados o pai, a mãe e as duas filhas. A mais velha já estava com 18 anos e frequentava uma universidade pública. A mais nova tinha 8 anos e estudava numa escola construtivista.
Como de costume, todos faziam o resumo de seu dia. O pai se lamentava do trabalho. Assim também fazia a mãe. A filha mais velha reclamava da desorganização da universidade. A filha mais nova fala com total empolgação o que tinha aprendido na sala de aula.
_ Então vamos testar seus conhecimentos! - disse a mãe para a criança. A filha mais velha soltou um riso de desdém e se serviu de sopa. O pai tomou um gole de café puro (e sem açúcar), olhou seriamente para a pequenina e disse:
_ Vou tomar a tabuada. Vamos, me diga, quanto é 2x2?
_ 4! respondeu a mais nova com firmeza. A mais velha olhava pra cima suspirando. A mãe resplandecia orgulho através dos olhos brilhantes. O pai mais uma vez:
_ Hum... 4x4?
_ hum.. er.. é...
] _ 16! Respondeu a filha mais velha. A mais nova ainda pensava. A mais velha agora fazia barulho enquanto tomava a sopa. A mãe lançou um olhar gelado para a filha de 18 anos.
_ 3x5?
_ 15! A filha mais nova respondeu.
_ 5x7? _ Er...bom... _ Trinta e...- disse a filha mais velha que logo voltou a sugar a sopa.
_ Ai, cala a boca! - gritou a filha mais nova para a irmã- Pai, manda outra.
_ Certo. E você - se dirigindo a filha mais velha- não atrapalhe!
_ Rum! - resmungou a filha mais velha que se divertia com a sopa.
_ Vamos lá... 5x8?
_ 5x8? 5x8... ai meu Deus! - aflita, a filha mais nova olhava para todos os lados. Observava os objetos ao redor abanando as mãos freneticamente. A mãe passava manteiga no pão francês. A filha mais velha tomava a sopa. Na mesa só se ouvia o tintilar doa talheres (a filha mais velha agora usava o prato de sopa como um instrumento de percussão), o pai olha para a esposa decepcionado:
_ Mulher, temos que tirar nossa filha desta escola. O que ensinam lá? Tornam nossas crianças incapazes. Veja, essa menina, com 8 anos de idade, não sabe a tabuada do 5 decorada! Isso é um absurdo. Eu, na idade dela, fazia contas muito mais complicadas. Do que adianta eu pagar 220 reais por mês e minha filha não saber a tabuada? Escola de vagabundo. Escola de burro. Eu não quero que minha filha se torne uma retardada! - A filha mais velha lambia o fundo do prato- Vou coloca-la numa escola tradicional! Essa sim é das boas... Na primeira semana ela vai saber até a raiz quadrada de 144.
_ Discordo!
Todos se assustaram. A mãe olhou largou o pão. O pai lança um olhar empertigado para a filha mais nova que estava de pé com o braço levantado. Ah, a mais velha ainda brincava com o prato de sopa.
_ Os seus 2640 reais anuais serão muito bem gastos com a minha educação!- a filha mais nova disse a frase com uma perfeita dicção. Todos estarrecidos ( inclusive a filha mais velha que finalmente terminou a sopa). A criança esperava um argumento, uma discussão, uma bronca!
_ Tsc! Mulher, me passa a manteiga!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Produção de textos!

Como eu PERDI meu texto da aula de Ivone, e não consegui reproduzir, eu fiz outro, no mesmo tema. Ta aí:


Eita saudade da balbônica!

E aquela dorzinha aguda que brota no seio da garganta, como que se dissesse "me deixe sair daqui!", me diz se parece de verdade com a pressão no peito, empurrando de dentro pra fora, latejando a cada foto revista, a cada odor familiar aspirado, e às vistas das lembranças de sempre, seja na forma de um cigarro, de um copo, de um sorriso ou uma gargalhada, as gotículas de lágrima saltando fora dos olhos, pra depois a gente perceber que pra sempre o choro vai ser a dor da garganta, a batida do peito e a saudade de quem se ama, na forma líquida.


Daniel Ramalho

domingo, 8 de julho de 2007

Gente,o bom Dan deu a idéia de postarmos nossos textinhos da aula de produção de textos aqui :)
É certo que os textos estarão improvisados, mas é isso aí, nossa arte mais bruta hahahahaha
Esperamos o de vocês.

Impressão á flor dos olhos.


Um dia, folheando uma revista, achei uma foto de uma paisagem deserta, sem muitas cores. O ambiente natural não chamava a atenção dos olhos, mas trazia várias pessoas que aparentavam ser desconhecidas entre si e todas com a expressão da face muito forte e algo interessante: todas estavam chorando.
Havia uma criança sentada sozinha, uma mulher com um retrato na mão, um homem muito machucado, uma garota acenando, um adolescente sorrindo... E de todos brotavam lágrimas!
Fiquei bastante tempo fitando aquela foto intrigante e percebi uma lágrima cair de mim, talvez de comoção.
A foto era tão simples, mas queria dizer tanta coisa, que a comoção excedeu ao meu controle, e quantas diferentes emoções também excediam ao controle daquelas pessoas!
E comecei a pensar nas possibilidades de vários sentimentos e na variedade de rostos que poderiam estar ali, como o meu.



Gabriela Arruda.

terça-feira, 26 de junho de 2007

prima primeira

disseram que a gente tem que começar por algum lugar. bem, aqui estamos...

já começamos levando lancheira e lápis de cor prá tia cuidar de nós, ou um famoso caderno de matérias com diversos desenhos atrás, que falavam muito mais que a tal química. agora corremos apenas o risco de chegar naquele lugar de gente grande sentindo falta de tudo isso.

porque a universidade é mesmo o maior começo. não o começo do fim, como todo mundo diz, isso é nascer. mas é o começo das perguntas, porque as respostas tendem a mudar o tempo todo.

um lugar prá velhas perguntas... noemtanto, sem respostas.


[e se alguém me perguntar onde estão as maiúsculas, respondo logo que amo as letrinhas todas bonitinhas, todas iguaizinhas.]